Barcos enfileirados para impedir a passagem do rio Itajaí-Açu (Foto: Marcello Sokal/Divulgação)
Os pescadores decidiram por fim ao movimento após receberem uma carta do governo federal que se comprometeu a incluir o setor pesqueiro regional no debate da portaria número 445 de 17 de dezembro de 2014, que restringe a captura de diversas espécies ameaçadas de extinção. Uma reunião com representantes do setor na região e dos ministérios do Meio Ambiente e da Pesca foi marcada para a próxima quinta-feira (8) em Brasília.
O bloqueio do rio começou na manhã de segunda-feira (5) e durou mais de 30 horas. O protesto teve início com cerca de 30 barcos, mas chegou a reunir mais de 250 embarcações na tarde desta terça, de acordo com o Sindipi. Os pescadores pediam a revogação da portaria que, segundo a categoria, prejudicaria a atividade do setor que emprega cerca de 60 mil pessoas em Santa Catarina, das quais 40 mil são da região de Itajaí.
Por causa do protesto, o transatlântico Empress, da Pullmantur, que chegou na cidade na manhã de segunda, ficou sem conseguir sair até a tarde desta terça – totalizando mais de 24 horas atracado no Píer Turístico da cidade.
Os manifestantes também bloquearam o transporte de carros e pessoas entre Itajaí e Navegantes, pelo rio Itajaí-Açu. Nesta terça, o ferry boat teve a passagem bloqueada duas vezes – pela manhã e tarde – e teve a travessia autorizada às 15h30, depois de uma hora de bloqueio total. A Capitania dos Portos pediu auxílio à Polícia Militar (PM) para tentar garantir a passagem do transporte do coletivo. A Marinha, de acordo com a RBS TV, auxiliou na dispersão dos barcos para o funcionamento.
A carta que motivou o fim da paralisação foi assinado pelo Ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho. O ofício foi uma resposta a um documento encaminhado pelo Sindipi e Sintrapesca que deu condicionantes para a liberação do canal do porto de Itajaí. Barbalho afirma que o Ministério da Pesca e o Ministério do Meio Ambiente receberão cinco representantes do setor para discutir os itens da portaria, que proíbe a pesca de espécies como garoupa, namorado, cação, emplasto e arraia, considerados em extinção.
Fonte g1.globo.com-SC
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