As águas atingiram o pico máximo de 10,16 e estabilizaram apenas no sábado dia 24 no período da tarde
Nesta quarta-feira, dia 28, às 7h o nível do rio ficou em 7,94 no centro do município de Rio do Oeste. Algumas ruas da área comercial continuam alagadas e parte da Rua 7 de setembro, em frente a antiga prefeitura continua alagada.
Prefeitura de Rio do Oeste está trabalhando na limpeza da área central e solicita a ajuda de voluntários. “Nesse momento vamos tentar economizar o máximo possível e precisamos da ajuda da nossa população para realizar a limpeza das ruas e dos lugares públicos, voluntários podem entrar em contato com a prefeitura”, destaca o coordenador da Defesa Civil Josnei Moser.
O município sofre com o aumento do nível do rio desde o final do mês de setembro, o que resultou no pico máximo de 10,16 metros no sábado dia 24. “Foi registrada uma enchente menor uma semana antes dessa, mas assim que a água baixou e começamos a fazer à limpeza da área central e a chuva voltou a cair, como o rio ainda estava cheio e a barragem de Taió estava operando com níveis altos a água começou a subir rapidamente”, explica o prefeito Humberto Pessatti.
No momento cerca de 1000 pessoas estão desalojadas e 155 estão nos dois abrigos do município, donativos podem entregues na prefeitura. “Nosso pedido também é por doações de alimentos não perecíveis, água, fraldas, produtos de limpeza e de higiene pessoal para que as famílias atingidas possam se restabelecer”, solicita Moser.
EDUCAÇÃO
A Escola de Educação Básica Vereador Alfredo Scottini e o CEI Menino Deus foram atingidos pela enchente e ainda não há uma previsão para o retorno das atividades. Já a Escola de Ensino Fundamental Fortunato Tarnowski é um dos abrigos oficiais da Prefeitura e ainda está com famílias desabrigadas e mudanças nas dependências. A Escola de Educação Básica Expedicionário Mário Nardelli também recebeu provisoriamente algumas famílias. Nos outros Centros de Educação Infantil o atendimento ocorre normalmente. “Ainda não temos uma previsão do retorno às aulas, pois a orientação da Defesa Civil é que as famílias permaneçam nos abrigos até sexta-feira e os acessos ainda não foram restabelecidos para a retomada do transporte escolar”, confirma Pessatti.
DOAÇÕES E CADASTRO
A Defesa Civil do Estado de Santa Catarina enviou ao município 500 sacolões, 500 kits de limpeza e 1 mil kits de higiene pessoal, além de 5 mil litros de água. Empresários de Joinville também realizaram entregas de donativos ao município e famílias não afetadas receberam desalojados em casa. “A união nesses momentos é indispensável, agradecemos o esforço de todas os integrantes da Defesa Civil, dos doadores, dos voluntários e dos municípios que nos apoiaram nesse momento”, salienta Pessatti.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
No dia 18, o prefeito Humberto Pessatti decretou Situação de Emergência devido às enxurradas e chuvas intensas que transbordaram o rio em algumas áreas do município. “Na semana passada após a assinatura do decreto cerca de 70% da cidade ficou embaixo da água e algumas localidades ainda estão sem acesso, estamos em busca de recursos para reerguemos nosso município” destaca Pessatti.
AGRICULTURA
Os prejuízos na agricultura ainda estão sendo calculados e algumas famílias deverão fazer o plantio, já que a água cobriu boa parte das lavouras, hoje 65% da arrecadação do município vem do setor agrícola. “Os agricultores também foram muito prejudicados com a enchente além de perder parte da colheita ou ter que refazer o plantio, as estradas bloqueadas também impedem o escoamento da produção”, comenta Pessatti.
COMÉRCIO
Os comerciantes também estão contabilizando os prejuízos. “Com a baixa no movimento do comércio e a enchente o prejuízo do comércio foi enorme, vamos buscar recursos para reestabelecer o movimento na área central”, enfatiza Pessatti.
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